Depois que a rua José Antonio Bordignon (marginal à PR 151) foi asfaltada em toda a sua extensão, não tardou para que “dirigidores” de carros (sim, pois motoristas de verdade não agem assim), vissem ali uma verdadeira pista de corrida, acelerando ao máximo sem se importar com a preservação da própria vida nem com a vida dos outros.
Irresponsabilidade total!!!
Moradores e comerciantes solicitaram a instalação de equipamento de redução de velocidade e, na esquina daquela rua com a Dom Alberto Gonçalves foi construída uma pista elevada que, além de obrigar à redução da velocidade, ajudará a garantir maior segurança para a travessia de pedestres.
A pista foi sinalizada, meios de comunicação informaram sobre o obstáculo que virou assunto nas redes sociais. Enquanto se aguardava a “cura” do material utilizado para a posterior pintura das faixas horizontais de sinalização, com velocidade maior que os próprios motoristas apressadinhos, muita gente foi às mesmas redes sociais criticar a “falta de sinalização” ou exigir que, imediatamente, fossem tomadas medidas para resolver todos os problemas do município.
Alguns até pensaram em utilizar as postagens para discutir se a Terra é plana ou não, dada a diversidade de assuntos que, nesses casos, vão se sobrepondo uns aos outros.
Os afoitos pilotos de “Fórmula Street” não gostaram da lombada, até porque, desinformados sobre o novo equipamento de segurança horizontal ali colocado, tiveram desagradável surpresa ao passar por aquele trecho em alta velocidade, literalmente ralando seus “bólidos voadores” contra a elevada camada de asfalto.
O fato é que, entre atender a demanda daqueles que insistem na colocação de mais lombadas, o que poderia tornar altamente estressante trafegar pelo local e o total desimpedimento da via para os “Fittipaldis” palmeirenses continuarem suas aventuras do tipo Velozes e Furiosos, acabamos nos defrontando com a ação de um outro tipo de integrante da vida noturna: os “colecionadores” de equipamentos de sinalização viária, os cones.
Aqueles, confiando na cumplicidade da calada da noite, aproveitaram para levar para casa cones de sinalização pertencentes ao Departamento de Trânsito que foram colocados no local justamente para suprir a necessidade de alertar para a novidade ali instalada.
Com isso, o surrupiador de equipamentos públicos causou duplo prejuízo: ao patrimônio público que é adquirido com o dinheiro de todos os cidadãos e aos usuários daquela via que deixam de ser alertados sobre a lombada.
O que não se sabe, ainda, é se, ao levar o cone para casa, o tal desviador daquilo que não lhe pertence quis:
1 – criar momentos de emoção, forçando os motoristas apressados a frearem desesperados ao se depararem com o obstáculo;
2 – incrementar o comércio local de peças automotivas e serviços de lataria e mecânica;
3 – pregar peças nos pedestres que, desconfiados da possibilidade de serem atropelados em plena lombada eletrônica, ficariam na dúvida entre confiar ou não no equipamento;
4 – ter em casa uma peça decorativa comemorativa à instalação da tão sonhada lombada da marginal da PR 151.
5 – imaginando que tivesse sido esquecida por algum servidor desatencioso, decidir levar para casa e guardar para evitar que a pela fosse roubada por alguém mal intencionado.
O fato é que, flagrado pelas câmeras de segurança, a desarrazoada atitude está devidamente gravada e arquivada nos anais da história da tão comentada travessia elevada da marginal da PR 151 em Palmeira.